sexta-feira, 22 de julho de 2011

Lamentos de um Poeta: 4ª Estância

Ao abrir meu coração reconheci minhas dores mais profundas, voltei a ouvir meus sentimentos e as trevas que imundavam meu ser se dissiparam, igualmente comparado ao nascer do sol, onde os raios luminosos chegam á todos os lugares, nada escapa de seu grandioso poder.
Após ser alvejado vi as muralhas negras que me cercavam caírem e assim revelou seu conteúdo:
Um ser triste, fraco e apavorado estava ali, se vendo sem nenhuma proteção, era como um verdadeiro reflexo no espelho, sem mascaras ou defesas, apenas meus sentimentos destroçados, juntamente com todas as lágrimas acumuladas, (ou apenas descartadas ali dentro) fizeram feridas profundas...
A dor realmente teria me deixado mais forte? Ou fugir das verdadeiras dores foi meu maior erro?
Qualquer que seja a resposta, hoje posso dizer, dentro das ruínas daquela muralha, apenas vejo uma criança que não esta pronta para viver aqui fora, neste mundo.

Pain god

Aqui esta, o buraco que se formou

Você não pode ver o buraco que se formou? Com o passar dos anos ele se expandiu, suas dimensões hoje são inimagináveis e chega, ás vezes, ser visível.
Não mostrar suas fraquezas é sempre uma opção e coo as pessoas só acreditam no que vêem e não no que sente, um simples sorriso é o suficiente para convencer.
Você ainda não pode ver o buraco que se formou? Mesmo com essa dor aparente, olhar caído, ar sombrio e essa solidão eminente... Olhe para mim e responda:
Você realmente não pode ver o buraco que se formou?
Por favor abra seus olhos, veja o que precisa ser visto, olhe nos meus olhos, não há nada de errado?
Você sempre viu tão longe, por que não consegue mais? Os anos te cegaram, pois hoje você não consegue mais ver... o buraco que se formou...

Pain God